Thoughts from Ísis

Pensamentos abruptos, vindos do eu de alguém que não quer deixar a vida passar sem que os outros saibam o que pensa!

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Pôr-do-Sol



Sempre que o sol se põe a minha alma adormece, pois a luz parte...parte para iluminar a vida de mais meio mundo que se esconde da profunda escuridão que a noite traz...

Noite que de tão perigosa é plenamente bela. Que esconde as maiores atrocidades do Ser Humano e que a todos fascina, talvez devido ao nosso lado obscuro ou simplesmente por ter a inocência de uma criança e a perigosidade de um psicopata agressivo! A noite que faz pensar, perceber e mesmo entender como nos acontecem certas situações, como ultrapassamos o dia-a-dia por mais estupidamente impiedoso que este seja! A noite a mim nem que seja nos 20 minutos que demoro a adormecer dá-me o tempo que finjo não ter durante o dia, o tempo pra reflectir no que não queria lembrar. O tempo que diáriamente ocupo com trabalho. Sem conseguir respirar, à noite apenas suspiro. Demasiado cançada para sorrir, choro e estupfacta demais para reajir, adormeço... parto para um mundo cheio de pensamentos abruptos transformados em sonhos surreais, alucinantes e esgotantes! Acordo ainda mais cançada... Os problemas são exactamente ops mesmos de ontem e serão os mesmos do amanhã... porque nem sempre temos a sorte de estar mesmoa sonhar e porque quase sempre o impensável aconetce...ou não tão impensável quanto isso, simplesmente não tivemos a sorte que poderia acontecer algo do género!!! A questão está: Sonhar não ajuda mas pelo menos ao acordar sabes que não era real! Ou seria...

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segunda-feira, janeiro 15, 2007

Tu pertences ao infinito, e eu a quem pertenço?!


Vou retroceder para que a minha alma não sangre, vou deixar de recordar o momento em que os teus lábios tocaram nos meus e as velas pegaram fogo, o incenso tornou-se o cheiro dos nossos corpos e a musica o som dos nossos pensamentos, porque se provei o doce dos teus lábios, a suavidade das tuas mãos e se por tudo isto atingi um estado nunca antes atingido. Levaste o meu olhar até à luz das estrelas e a minha alma a caminhar na luz inquieta da lua. Deste-me a paz e calma que poderia desejar, passaste-me os valores que precisava de reaver, deste-me a provar o sabor doce do pecado…fizeste-me pensar. ..Mas tu não és meu, pertences a tempos infinitos de momentos fora da realidade e porque tenho de voltar a realidade obscura em que vivemos, tu não te encontras lá.
Tenho a sensação estranha de que tudo aconteceu em sonhos, sonhos que sabem a real mas que não fazem parte da minha realidade, nem eu faço parte da tua. Sempre que quando menos espero, tu resolves abanar o meu ser, pegas na minha alma e levas-me para outro mundo onde só os nossos dois seres existem…onde não existem tabus, preocupações ou pudores, porque aí sinto-me realmente tua e só tua, sinto que estás comigo e só comigo. Porque não te amo mas o que sinto é forte de mais para alimentar soszinha, porque sinto que não queres também alimentar...provocas-me arrepios vindos da alma, tenho ciúmes dos teus lençóis... O teu cheiro acorda comigo na manhã seguinte e provoca um sorriso verdadeiro. Porque provavelmente já percebeste que o que sinto é demasiado forte para entender e para manter assim dia a dia fechado nas profundezas do meu ser apenas esperando que me digas que sim novamente, vou retroceder, no entanto com esperança que me venhas resgatar dos meus pensamentos, mais uma vez...

terça-feira, dezembro 19, 2006

Metade dos erros da nossa vida nascem do facto de sentirmos quando devíamos pensar e de pensarmos quando devíamos sentir!!



Isto é a mais pura das verdades...Há muito que não tenho tempo de por cá passar, e talvez este não fosse o momento para fazê-lo...No entanto e já que escrever ajuda a libertar a tensão! Aqui vai...peço desculpa às pessoas mais sensíveis que possam ler isto e ainda mais desculpa às mentes pobres que não percebam nada disto!

Neste mundo existem dois tipos de pessoas: Os que lixam e os que são lixados!! E desta realidade não passamos. Somos uma sociedade à beira do colapso em todos os sentidos..monetariamente, psicológicamente, e pior ainda, sem valores. Temos literalmente a faca e o queijo na mão e em vez de alimentarmos o bom que há dentro de nós a única coisa que sabemos mesmo fazer bem é fazer mal! Normalmente fazemos mal aos outros mas sem percebermos fazemos sim muito mal a nós próprios. Não sabemos minimamente aquilo que realmente somos e normalmente desiludimo-nos sempre quando o descubrimos! Deixando todo o cinismo de parte e já perceberam que o cinismo neste blog não tem espaço.. Isto é a mais pura das verdades. Quando dizem que a verdade dói! Oh se dói, e aqueles que não o sabem é porque são mentalmente limitados ao ponto de não fazerem uma introspecção sobre si próprios e sobre os seus actos. Salvação?! Claro que não..Não queremos salvar-nos, queremos sim continuar a lamentarmo-nos por aquilo que não temos, por aquilo que não sentimos e por aquilo que não sentem por nós!
Quero fazer um apelo a todas as mãmãs e papás que andam a mimar as suas criancinhas: O amor, carinho, afecto é tudo necessário, mas por favor, tenham cuidado, preparem-nas para o mundo em que as colocaram. As pessoas não podem ser felizes à custas da infelicidade dos outros!!! As crianças têm de aprender desde cedo que o mundo não gira à volta delas, que os outros têm exactamente a mesma importância no mundo que elas, ou seja, são as mais importantes e as mais insignificantes, dependendo do ponto de vista! Preparem melhor de início para que não cresçam homens e mulheres egoístas, supérfulos e cegos. Que vejam o que se passa à volta deles, que se apercebam das repercursões que os seus actos têm nas outras pessoas e não só os actos dos outros têm neles!
A vida por si só tem as catástrofes mais que necessárias para desmoralizar, perturbar, subjugar e aniquilar os Humanos, não precisamos de acrescentar a tudo isto a nossa própria maldade!

Sempre que penso que encontrei o pior que a humanidade tem para oferecer, surge alguém que me deixa estupefacta, perplexa, estupida e sem reacção, pois existe sempre pior! Não entendo como...como descemos tão baixo?! Como nos usamos sem escrúplos e sem mínimo de respeito apenas para atingir um objectivo que naquele momento nos parece ser o mais importqante da nossa vida e que após ser concretizado perde todo o seu valor?!?! E porquê?! Simplesmente porque passámos por cima de pessoas e de sentimentos sem dó nem piedade para os atingir! Mais uma vez repito: Niguém pode ser feliz à custa da infelicidade dos outros! E se o doce nunca amargou, o que é que sentimos quando estamos no topo e falta algo? Não terá o doce sabor da vitória ter sido infectado pelo amargo dos meios utilizados para lá chegar?!

A vingança, bom tenho de admitir que sou adepta. Também quem disse que era perfeita?!!! Simplesmente acho que se os outros não têm coragem de mostrar as pessoas aquilo que fazem, eu tenho um gosto especial nisso! Não é algo de que me orgulhe, é incorrecto. É fruto do desrespeito mutúo que temos sempre a nosso redor. Irrita-me solenemente quando me dizem: "Deixa estar.." ou " Não vale a pena"! Porquê que não vale a pena? não será que da próxima pensam duas vezes antes de voltar a fazerem as mesmas barbaridades? Se ninguém se der ao trabalho demostrar pelo menos a certas pessoas que também podem ser magoadas e que não são intocáveis, nada nunca mudará!! A vingança é um mau sentimento, mas não será um mal necessário?!
Gostava de não me sentir obrigada a recorrer tantas vezes à vingança, mas infelizmente é assim a sociedade onde vivemos, que de sociedade já não tem muita coisa, mas para quem gosta de ter areia nos olhos...sociedade, assim seja..

Não sei quando volto, normalmento só posso cá vir quando o meu cérebro está quase a rebentar, por isso até era bom que não tivesse de cá vir desabafar tão cedo!!! Mas não acredito que isso aconteça.

Assim vos deixo, com mais alguns dos pensamentos "brutais" de Ìsis

terça-feira, setembro 05, 2006

Às voltas com a vida...

...e assim se anda sempre às voltas com a vida, por vezes sem se saber o que fazer, como fazer, para que lado virar!
Acabei de realizar uma daquelas mudanças radicais que por vezes são extremamente necessárias para que a via corra melhor, ou pelo menos, que fique dentro dos parametros que cada um de nós estabelece a si próprio. A sensação angustiante de que a vida ainda não estã como eu a quero não me permite atingir o estado de realização e felicidade que pretendo mas no entanto tenho quase tudo tal como pretendo! Será assim táo importante que alguns pormenores não estejam onde deveriam estar?!! Claro que sim! São sempre os pormenores que marcam a diferença. São sempre os pormenores que nos levam em êxtase à felicidade suprema! Assim, basta realmente aplicar-me nos pormenores e tudo será feito. No entanto existem pormenores que não são de facto opção a tomar. São pormenores que vêm com a vivência, com o tempo e não quando se quer. Apenas e unicamente ninguém se pode esquecer de viver os momentos agradáveis ao máximo! Aproveitar o tempo com os amigos e familiares, aqueles com quem realmente se quer estar e não nos obrigarmos a estar com que não desejamos. Este é um pormenor que já marca muita diferença na nossa maneira de estar, de acrodar de manhã e de nos olharmos ao espelho!
Não se percam com as inconformidades que a vida vos oferece sempre quando menos se espera, não se esqueçam de que são elas que marcam a quebra de uma rotina maçadora e tornam por bem ou por mal a vida sempre uma surpresa. Os desafios não são crueldade da vida e sim uma aprendizagem necessária a ser vivida!

Só mais um pensamento "brutal" de Ìsis

quarta-feira, maio 17, 2006

Como ouro sobre azul...


... Como quem acorda naturalmente em uma manhã de sol, eu acordei para todas as realidades da vida que estão presentes no dia-a-dia.
Muita coisa percebi que de belo nada tem, muitas outras coisas encontrei, abandonadas devido à falta de importância que as persegue.
Que faria se hoje o pusessem numa gaveta, de “tralha”, e se esquecessem de si?!
Milhares de pessoas vivem as suas vidas, nas sombras das ruas, nas sombras dos colegas, dos amigos, as pessoas que estão lá sempre quer se queira quer não, mas que não se notam, não se mostram, autênticas “pessoas de pedra”, como um colar, enfeite, presente mas insignificante.
Pessoas com problemas de integração social, que por vezes, num local repleto de gente, é o único em que ninguém repara, são aqueles em quem todos tropeçam nos seus caminhos repletos de interesse, vivências e relações sociais.
Estas pessoas tornam-se diferentes, únicas e por vezes até geniais, destacam-se desde muito cedo, cedo de mais para poderem ultrapassar a rejeição da sociedade sozinhos. Pequenos seres humanos incapazes de sobreviver convenientemente à crueldade humana, são bombardeados constantemente por outras crianças que esmagam um ego com uma simples frase. Deitam por terra os sonhos de ser aceite na sociedade em que obrigatoriamente está inserido, com apenas um sorriso matreiro.
Infelizmente, muitas vezes, estas crianças tornam-se adultos ainda piores do que os que os fizeram assim, ou por outro lado, nunca ultrapassam a barreira que os aprisiona num mundo que só eles conhecem e que ninguém tem capacidade de compreender.
Continuam a ser o alvo preferido dos que construíram uma personalidade forte e audaz, continuando a serem ignoradas mesmo quando se pensaria que seria impossível ignorar quem quer que fosse.
No entanto, são pessoas extremamente solitárias, frustradas e infelizes até, são muito poucas as pessoas que com estas características conseguem tirar bom proveito dos prazeres da vida. São assim, porque têm uma acumulação de factores de carácter psíquico e social que provocaram a situação, normalmente o seu único sucesso é a nível profissional e por consequência monetário na maioria dessas ocasiões.
Ao atingirem este patamar, por vezes atraem os chamados “falsos amigos”, pessoas que não passam de usurpadores, sanguessugas que se aproveitam da ingenuidade de pessoas que não têm sequer maturidade social, mesmo porque não tiveram oportunidade para a conquistar. Mas, e porque não se tratam de pessoas menos inteligentes, por vezes, muitas vezes, são pessoas sobredotadas, sabem que aqueles que os rodeiam não são sinceros, são aliás cínicos ao expoente mais elevado. Continuam sós, frustrados, injustiçadas e por vezes apenas o Amor dá um rumo totalmente diferente a estas vidas na sombra da sociedade.
Se bem que estas pessoas, para o Amor, são sempre cépticas, pois já têm dificuldade em acreditar no próximo. Já não têm em conta todas as vezes que foram desiludidas.
Falando agora de outro tipo de pessoas, com bons princípios, amigas do próximo e sempre dispostas a ajudar os amigos.
Viveríamos num mundo muito melhor se fossemos todos assim, provavelmente seria como estar no paraíso, mas mós somos “pecadores”, os problemas destes seres divinais são os que os rodeiam. Os que lhes mostram o quanto o mundo é diferente do que sonhamos. São aqueles amigos com que se pode sempre contar para o bom e para o mau, que têm a capacidade e a força de colocarem o interesse dos outros à frente dos seus, é aquele amigo que mesmo sendo contra a mentira, mente para evitar problemas. É aquele amigo de que ninguém se pode esquecer, pois não merece, seria injusto, mas no entanto quando é esquecido, perdoa, esquece, deixa num lado do seu ser como que estivesse adormecido.
São pessoas que merecem um mundo, mas que muitas vezes nem recebem um olhar, pessoas que conhecendo aqueles que os rodeiam, não precisam de demonstrações de amizade e quando ocasionalmente surgem nem sabem como lidar com a situação ficam confusas, perdidas, envergonhadas até. Simplesmente dão como certos alguns factos da vida, esquecendo-se de que esta muda constantemente e com ela as pessoas que fazem parte dela.
Não podemos nunca dar um amigo como um dado adquirido, pois em um segundo apenas, essa pessoa pode estar mudada, reagir mal e simplesmente não ser mais um amigo.
Mas tem de ser os que erram a preservar os bons amigos, para tal muitas vezes basta um pedido de desculpas, um abraço, algo que demonstre que realmente neste mundo ser-se uma boa pessoa compensa!
Por isso querido amigo, não deixes de te adaptar à vida que muda, mas acima de tudo mantêm-te no lado certo do mundo, pois se há quem não dê valor à tua pessoa, podes ter a certeza de que eu dou!

terça-feira, maio 09, 2006

Amor à distância de um ok

Um ok de enviar uma mensagem escrita pelo telemóvel, um ok de enviar uma mensagem instantânea em um chat cibernético, um ok de aceitar uma chamada telefónica, o Amor à distância de um ok!
O Amor é sempre sofrido, muitas vezes muito mais sofrido do que vivido, porque até quando se está bem com o Amor, temos tendência a estar mais insatisfeitos. Pedimos mais e mais, sem olhar ao razoável. Tornamo-nos autênticas máquinas com consumos altíssimos e que muitas das vezes o Amor não consegue alimentar. Mas o porquê deste pensamento, porquê à distância de um ok…porque se o Amor por si só é sofrido, o amor à distância é mesmo muito provavelmente fatal a um ser. Não é impossível vencer a distância mas é simplesmente muito difícil. O ser Humano tem tendência a ser muito preguiçoso, temos tendência a seguir sempre a forma mais fácil e cómoda de atingir as nossas metas individuais, mas também de grupo. Quanto mais simples melhor, mas ao longo da história as pessoas desaprenderam a serem persistentes, convictas das nossas crenças, certos dos nossos objectivos. Fazemos o que alguém acha bem, o que o ordenado permite, o que a sociedade nos aconselha. Na verdade o Amor é a única área em que temos de fazer tudo ao contrário do que era suposto ser feito. Não pudemos ir pelo convencional, mas sim pelo inesperado, não podemos ir pelo modo mais fácil mas por certo, quer queiramos ou não, pelo caminho que dá mais luta, que é mais perigoso. No Amor, não existe nenhuma barreira divisível do que é ou não permitido. No entanto o amor não consegue ultrapassar todas as barreiras como se costuma a dizer, e a barreira da distância é uma das mais complicadas. Se há coisa que me magoa é alguém meu amigo me dizer que tem um Amor distante. Dói, magoa, marca, modifica o ser, quer seja homem ou mulher, amar à distância muda tudo. Os momentos que não podíamos ter perdido, as musicas que tínhamos de ter dançado, as lágrimas que deviam ter caído, na presença da outra metade, assombram-nos o resto da vida, vêm sempre ao de cima nas discussões, são sempre um ponto fraco na relação. São sempre o espinho da rosa. Não vale a pena dizer, “comigo será diferente”, verá que é tão humano e impotente para estes directórios como todos os outros. Vai sofrer, vais encher-se de dúvidas, os ciúmes virão, enfim, uma avalanche de coisas menos boas, que irão perseguir, e se o Amor for mesmo mútuo, então dobra tudo que digo, pois serão dois na mesma situação, não falarão sobre isto um com o outro mas mais tarde ou mais cedo nem que seja com a almofada numa noite solitária vai questionar-se se a outra parte cedeu. Se estará a ser válido esse sentimento que vos une ou se será só um a viver um conto de fadas que agradavelmente criou para se sentir calmo e protegido por um abraço que não existe, só na sua imaginação. Dói sentir o cheiro de alguém, simplesmente por ouvir a sua voz, magoa ouvir a respiração e ter ilusões de a sentir a percorrer o pescoço, mata saber que uma lágrima corre e a mão não a alcança, num gesto de carinho, limpá-la para mais rápido esquecê-la. Num Amor à distância não existe nada disso, existe a angustia de contar os meses, dias, horas, minutos e segundos para que tudo se torne físico, forte, inesquecível, para que os dois seres se unam, com uma única certeza, a de que será muito pouco tempo para compensar o tempo de espera. Para que todos esses prazeres se tornem apenas momentos em memória, para não esquecer e ajudar a sobreviver até que o maldito tempo passe para uma nova oportunidade de reencontro. Não há lugar para pensarmos em nós, mas o simples facto de se saber que do outro lado do “ok” está o amor que sofre também, faz desabar os alicerces dos nossos pequenos mundos, a estabilidade que nos sustenta desaba e começa uma verdadeira viagem de montanha russa, marcada nos pontos altos pelos momentos de reencontros, a descer vertiginosamente após as despedidas para voltar a subir nos telefonemas, mensagens, cair assim que se desliga e voltar a ir até ao mínimo possível, ou impossível, sem se saber como se sobreviveu a uma noite de choro compulsivo, a um dia de trabalho infernal, aos olhares indiscretos que outros lançam às olheiras que se carrega, não os podemos culpar, afinal muitos desconhecem esta realidade do amor, muito poucos passam por ela, e muitos menos retiram a verdadeira aprendizagem que ela dá.
Será forte para sobreviver a tudo isto sem modificares a maneira de ser? Não, não é, vai ser um dos ensinamentos mais fortes o que está a viver, e acredita que essa pessoa estará muitas mais vezes no pensamento do que desejaria, aparecerá muitas mais vezes nos sonhos do que imaginaria, essas pessoas por estarem longe fazem muito mais falta que muitas pessoas que existem de volta da uma vida. Esse amor será o maior pulo para atingir o estatuto de adulto, e atenção, adulto não está relacionado com a idade. Será um adulto porque já conhece o sofrimento de um Amor à distância de um ok…
Espero que alguém perceba devidamente o que quero dizer, e por nunca ter amado à distância, não posso dizer muito mais.
Pensem bem nestes casos, nestas vida que estão em jogo todos os dias sem que ninguém lhes dê grande valor…
Enquanto vou organizando melhor estes pensamentos “brutais” de Ísis.

segunda-feira, maio 08, 2006

Teimosia, a cura e a doença

A teimosia é uma doença, que uma vez instalada nas profundezas de um ser, é devastadora. Pode ter consequências inimagináveis à priori, pode ser fatal até, obviamente, que apenas em extremas condições.
A sua única cura é ela mesma, a própria teimosia, como sua oponente, em outro ser que se impõe doença.
Esse outro ser pode unicamente estar a ser teimoso para impedir o outro indivíduo de se deixar levar pela doença ou pode ele próprio estar afectado por esta, certamente, subtil doença.
A teimosia não permite a ser aperceber-se da realidade, não o permite aceitar uma opinião contrária e pior que tudo não o permite dar a razão a quem a possui. Simplesmente não tem a percepção de que não é “dono e senhor” da verdade ou da razão.
Todas as pessoas devem e têm de ter, no seu eu, teimosia, no entanto esta faceta tem de ser atentamente controlada. Ao mínimo descuido serve-se da nossa débil mente Humana para nos controlar a vontade, os valores, o ser.
Deste modo consegue controlar as relações que estabelecemos, as decisões que tomamos, as reacções que temos, a vida que levamos.
Consegue a muitos, possuir como se de loucura se tratasse.
No fundo, na teimosia, doença para muitos imperceptível e incurável, o que marca a diferença de que vence ou é vencido, é se a controlamos ou se é ela que nos controla. Como quase tudo na vida, a diferença é o modo como controlamos as ferramentas que temos à nossa disposição.
Esta é uma ferramenta, em muitas ocasiões, imprescindível, decisiva no sucesso, não se pode é de modo algum perder o controlo.
Ambição é uma variante de teimosia, olhem em volta e vejam no que ela torna algumas pessoas… vejam se o querem para vós, se essas pessoas que perderam o controlo, são mentes pobres ou mentes brilhantes?! Posso relembrar o exemplo do escândalo da pedofilia na Casa Pia, e de todos os famosos ou representantes do nosso pais, como pessoas respeitadas aqui e no estrangeiro, onde com o seu privilegiado estatuto, o melhor que conseguiram foi violar menores, traficar crianças marcando-as para o resto da sua vida, mantendo a sua vida de “aparente normalidade” enganando tudo o todos. Será que com esse estatuto não poderiam ter tornado este nosso mundo um pouco melhor em vez de o terem ajudado a destruir, pois cada personalidade infantil que se destrói, destrói-se também um sonho de tornar o mundo melhor. Se tantas vezes se ouve que as crianças são os futuros donos do mundo, então porque não lhes dar um bom exemplo para não as desfiar a fazer melhor do que nós? Podíamos antes mostrar o que de bom se pode fazer, desafiando-as a fazerem muito melhor. Mas no mundo de hoje o que uma criança ouve durante o seu jantar na televisão que vê, são noticias de raptos, mortes, guerras, padres acusados de violar crianças, professores, políticos, etc. alguém já pensou em colocar o símbolo de maiores de 18 anos durante os telejornais da hora de almoço e de jantar? Será que alguém se lembrou que é essa a ideia que as nossas crianças têm do mundo onde estão a crescer? De que ainda não têm idade para lutar mas que não vale a pena, pois a guerra para um mundo melhor é uma luta perdida?!?! Será que ainda não houve nenhum psicólogo a preocupar-se em como incentivar as crianças para sobreviverem e melhorarem o mundo delas? Pois claro que não, elas são o nosso amanho, e como amanhã ainda está para vir, não vale a pena preocuparmo-nos hoje…segundo a lei da preguiça pela qual todos nos regemos!
Estarei errada, confusa, serei exagerada, lunática?!
Deixo a resposta em aberto…
Enquanto vou organizando melhor estes pensamentos “brutais” de Ísis.